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Flexibilidade das cintas de tecido abrasivo

As cintas abrasivas são uma ferramenta muito difundida na indústria metalúrgica, mas ao mesmo tempo são largamente desconhecidas e pouco se sabe sobre as suas características. Nesta publicação vamos mergulhar um pouco numa destas características, a flexibilidade do suporte ou, como costumamos dizer, a flexibilidade das cintas de tecido abrasivo.

Tipos de flexibilidade

Devemos ter em mente que cada fabricante tem uma gama diferente de flexibilidade nos seus parênteses, mas em termos gerais podemos dizer que temos parênteses rígidos, semiflexíveis e flexíveis. Esta gama é geralmente refletida com uma letra, sendo o mais próximo de “A” o mais flexível e quanto mais avançamos no alfabeto, mais aumentamos a rigidez do suporte., quanto mais aumentamos a rigidez do apoio. A título de exemplo, mostraremos a nomenclatura utilizada pela VSM:

tipos de flexibilidade

Fatores que influenciam a flexibilidade das cintas de tecido abrasivo

Composição e flexibilidade

As costas de uma cinta de tecido são principalmente feitas de dois materiais diferentes: poliéster ou algodão (não são os únicos, mas são os mais comuns). Dentro destes, podem ter densidades de trama diferentes, o que resultará numa maior ou menor gramagem por metro quadrado. No entanto, embora isto possa parecer decisivo, não é este o fator que determina a flexibilidade de um tecido. Este fator é dado no processo de “flexão” após o abrasivo ter sido fabricado.

Neste processo de flexão, os tecidos são forçados sobre cilindros de diferentes diâmetros e em diferentes direções para alcançar a flexibilidade necessária. Desta forma, podemos conseguir tanto algodões rígidos como poliésteres flexíveis.

Aplicação

Para saber qual a flexibilidade de apoio a escolher, há vários fatores a ter em conta:

Esboço

Não é o mesmo trabalhar numa peça completamente plana, como uma placa, que lixar uma peça fundida complexa. Quanto mais complexa for a geometria da peça, maior será a flexibilidade do tecido para se adaptar a estas formas.

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Se trabalharmos uma peça complexa com uma flexibilidade inferior ao necessário, corremos o risco de estragar o contorno e empobrecer o acabamento.

Pressão de trabalho

Quanto maior for a pressão de trabalho, maior deve ser a rigidez do suporte. Os apoios flexíveis ancoram o grão menos bem do que os apoios rígidos, pelo que uma má escolha de flexibilidade pode resultar numa cinta com descascamento.

Além disso, se formos confrontados com um cenário de alta pressão, uma maior rigidez do tecido dar-nos-á sempre uma melhor transmissão e eficácia do abrasivo, facilitando a tarefa de remoção do material.

Granulometria

Em termos gerais, quando tivermos de fazer asperezas, optaremos por grãos mais grosseiros, pelo que devemos tender para suportes rígidos para uma maior eficácia do trabalho. Por outro lado, num processo de afiação manual ou de pré-polimento onde a areia será consideravelmente mais fina, optaremos por suportes mais flexíveis que tornem o lixamento mais dócil.

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Vantagens e desvantagens dos tipos de flexibilidade

Desvantagens Vantagens Resumo
FLEXÍVEL ● Duração mais curta do apoio.

● Baixa agressividade.

● Aumento do alongamento.

 

● Maior adaptação.

● Versatilidade.

● Maior suavidade.

Para trabalhos com formas complexas e bons acabamentos.
SEMIFLEXÍVEL ● Baixa agressividade.

● Baixo nível de especialização.

● Pouco ou nenhum alongamento.

 

● Versatilidade.

● Conforto.

Apoio pouco usado mas versátil.
RIGIDO ● Sem preenchimento de formulários.

● Ergonomia reduzida.

 

● Longa duração do apoio.

● Altamente agressivo.

● Sem alongamento

● Elevada estabilidade.

A opção mais recomendada para todos os tipos de tarefas de desbaste.

Conclusões

A flexibilidade do tecido será determinada principalmente pela forma da peça a lixar, mas devemos tentar escolher o suporte mais rígido que permita que o processo aumente a nossa eficácia no processo de lixagem.

Como fabricante de lixas e abrasivos, esperamos que tenha achado interessante este artigo sobre a flexibilidade das cintas de tecido abrasivo. Descubra outros produtos da marca, tais como os nossos discos abrasivos ou folhas de lixa.

Junçaões de cintas abrasivas

Uma das ferramentas mais comuns fabricadas com abrasivos flexíveis são as cintas ou bandas de lixa. Trata-se de seções de abrasivo cortadas em medidas específicas de largura e comprimento. Estas, são unidas mediante um adesivo, ou junta de ligação, que as transforma em uma cinta, ou banda sem fim, adequada para ser instalada em um sistema dinâmico e circular de forma contínua.

Como se pode imaginar, a parte mais crítica de uma cinta será sempre a sua junta, já que trata-se de uma interseção artificial que deve ser feita da maneira mais cuidadosa e efetiva possível, garantindo uma alta resistência e facilitando um movimiento fluido e sem trepidação.

Neste artigo pretendemos mostrar os diversos tipos de emenda ou união que são utilizadas no mercado e suas variantes e características principais, com o objetivo de esclarecer diversas dúvidas comuns aos usuários.

Tipos de junçaões

Existem dois principais sistemas de junçaões claramente diferenciáveis: Sobreposta e de Topo. Ainda que a designação que as identifica já seja suficientemente descritiva, nas seguinte imagens se pode observar perfeitamente sua construção.

  • Na emenda sobreposta as extremidades da cinta são coladas através de uma pequena área que se sobrepõe. Este tipo de junção era o mais comum nos primeiros anos após o surgimento das cintas abrasivas no uso industrial e, ainda que siga sendo utilizada, esta sobreposição gerada pode provocar diversos inconvenientes durante o uso da cinta.

    Este sistema, destinado quase que especificamente a produtos com costado de papel, já que sua espessura é muito pequena e não há uma trama de fios como ocorre nos costados de tecido, pode ser chanfrado, sem tanto risco de comprometer sua resistência, para amenizar o impacto desta camada mais grossa.

    Além disso, o papel tem uma capacidade de adesão excelente sobre si mesmo formando uma junção estável e resistente.

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    Este tipo de emenda sobreposta, é também, o principal motivo pelo qual os abrasivos flexíveis contam com a impressão de uma seta no costado, que indica o sentido de movimiento com que as cintas devem ser montadas na máquina. Já que, se utilizada em sentido inverso, a sobreposição sobre o grão poderia ser levantada pelo atrito contínuo que é exercido contra a peça a ser lixada, destruindo a emenda e com ela a cinta.

    A confecção de uma emenda sobreposta requer grande experiência e habilidade, já que, a natureza flexível dos costados não favorece que os processos de raspagem sejam estáveis ou que se possam ser automatizados facilmente. A junção sobreposta pode ser a mais eficaz de todas se for feita com precisão.

  • A junçaõ de topo é feita unindo-se as extremidades da cinta abrasiva ponta a ponta, sem sobreposição, e asegurando a junção através de uma fita, especialmente projetada para isso, que se adere ao costado de ambas as pontas, unindo-os de forma muito efetiva.
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Este tipo de junçaõ, com suas diferentes variações, é a mais utilizada atualmente, já que não requer uma operação tão precisa de raspagem, sua automatização é simples e versátil e as fitas ou “filmes” de junção tem uma espessura muito pequena e uma surpreendente resistência ao rompimento.

Outra grande vantagem é sua simetria, nesta estrutura de topo não existe sobreposição e por isso a cinta de lixa pode circular sem problemas em ambos os sentidos.

O ângulo da junçaõ

Quer seja em junçaõs sobrepostas ou de topo, raramente as junções são realizadas em ângulo reto. Se assim fossem feitas, a área da emenda sofreria impacto da peça de trabalho em toda a sua superfície ao mesmo tempo, provocando um esforço contínuo que geraria ruído e altas vibrações, comprometendo rápidamente a resistência da emenda.

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Um pequeno ângulo facilita sempre uma circulação fluida da cinta evitando um desgaste prematuro, além gerar uma maior superficie de contato, reforçando sua resistência.

Quanto menor for o ângulo com relação ao sentido de circulação da cinta, ou mais distante for de um ângulo reto, melhor será a resistência e comportamento dinâmico. No entanto, um ângulo muito pequeno geraria pontas muito agudas nas extremidades, produzindo uma “área fraca” muito suscetível a rompimento ou descolamento, em especial ao trabalhar com polias com diâmetros pequenos.

Os ângulos mais comuns são de 45° a 70°, para as cintas com mais de 400mm e entre 70° e 80°, para as bandas com largura maior do que 400mm, principalmente porque a operação de prensagem ao emendar a cinta não poderia ser concluída corretamente com um ângulo menor.

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Junçaões especiais

A maioria das aplicações podem funcionar perfeitamente com as opções anteriores, quer seja com junçaões sobrepostas ou de topo, as tolerâncias dimensionais são suficientemente baixas para gerar um processo de lixamento convencional sem marcas ou vibrações e a resistência à tensão é suficientemente alta.

No entanto, existem aplicações especialmente solicitadas onde devem ser utilizadas junçaões especiais.

  • Alta resistência, flexibilidade ou suavidade de trabalho

Existem diversos tipos de fitas para elaborar juntas de topo, de maior ou menor largura, espessura, resistência e flexibilidade, em função dos esforços do processo, da suscetibilidade à marcas, do costado e tamanho do grão abrasivo empregado.

Normalmente se utilizam fitas de 19 mm de largura com espesuras entre 75 e 160µ dependiendo do abrasivo. Estas fitas ou filmes de junção podem chegar a resistir tensões de trabalho maiores do que 60 kg/cm. Ainda que seja necessária uma maior resistência, pode-se empregar fitas especiais de maior espessura ou largura, ou outras mais finas e de maior flexibilidade para bandas muito flexíveis ou grãos muito finos onde se requer um acabamento que não seja impactado pela espessura da emenda.

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  • Tipos especiais de corte

Em alguns casos pode-se ver junções com cortes ondulados ou em zig-zag. Esta forma de emenda gera uma maior resistência ao rompimento, devido à distribuição da força durante o processo dinâmico, uma vez que suaviza a passagem da peça pela área da junção.

Na imagen ao lado podemos ver uma junçaõ especial em zig-zag para uma cinta abrasiva com Diamante, já que a prolongada vida útil deste abrasivo requer um conjunto especialmente longevo e resistente ao desgaste.

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A junçaõ de uma cinta de lixa, pode ser sua parte mais frágil, ainda que as tecnologias atuais garantam sua efetividade. Consulte nossos especialistas em abrasivos sobre qual a emenda mais indicada para seu processo e confie sempre na experiência de convertedores e fabricantes de abrasivos homologados.

Cintas de lixa: o que são e para que servem?

Um dos produtos mais frequentemente utilizados no segmento de abrasivos flexíveis são as cintas de lixa. Estas ferramentas são produzidas a partir de rolos, os jumbos, de qualquer abrasivo aplicado em costado flexível, quer seja de papel, tecido, algodão ou outras variações. Este material é cortado nas medidas de comprimento e largura solicitadas e suas extremidades são unidas através da aplicação de um adhesivo especial resistente, de forma que se obtén uma cinta, também chamada de banda, sem pontas que poderá ser utilizada num sistema dinâmico composto por polias tensoras que a mantenha em movimiento de forma estável para o contato com a peça ou superficie de trabalho, exercendo a atividade de lixamento.

 

Onde se utilizam as cintas de lixa?

En la actualidad, los abrasivos flexibles han evolucionado de tal forma que lAtualmente, os abrasivos flexíveis tem evoluído de tal forma que os costados e resinas utilizados para sua construção podem suportar enormes forças e temperaturas de lixamento, produzidas em um processo de lixamento automático, acionados por quaisquer tipos de sistema, por mais potentes que sejam. Podemos dizer que um cinta de lixa, com o produto adequado, pode resistir a qualquer processo de desbaste, por mais exigente que pareça. Poder adequar o tamanho da cinta nos proporciona uma grande superficie ativa de trabalho, aumentando o rendimento do processo, visto que se dispõe de uma grande quantidade de abrasivo trabalhando e refrigerando-se de forma contínua.

Cintas de lixa: o que são e para que servem? 10

Tipos de bandas ou cintas

As cintas podem ser produzidas para quaisquer medidas solicitadas, mas conforme seu comprimento e largura podemos identificá-las conforme alguns padrões:

  • Cintas longas: Para trabalhos planos, com roda de contato.
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  • Cintas estreitas: Para a grande maioria de aplicações em cabeçotes de lixamento.
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  • Bandas largas: Para trabalhar em máquinas de calibração automática.
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  • Mini bandas: Para máquinas portáteis.
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  • Tubos ou aneis de lixa: Cintas de tamanho reducido para rodas de contato pequenas ou expansivas.
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Tipos de costado

Las bandas de lija pueden estar constituidas por un soporte de tela, papel o fibras especiales, dependiendo del As cintas de lixa podem contar com um costado de pano, papel ou fibras especiais, dependendo do caso. Os costados de pano se identificam por seu grau de flexibilidade e podem ser rígidos, semi-flexíveis, e flexíveis, gerando grande resistencia, versatilidade e vida útil à cinta de lixa. Os materiais utilizados para os costados de pano são: poliéster, algodão, uma combinação de ambos denominada poly-cotton ou em casos especiais, para superabrasivos como Diamante o CBN, podem ser usadas fibras extremamente resistentes.

 

 

O tecido flexível é ideal para conseguir uma boa versatilidade e acabamento uniforme, embora limite a agressividade do abrasivo ao gerar maiores superfícies de contato, o que aumenta o atrito e com isso o aquecimento. Ao contrario, um costado rígido gerará uma maior agressividade e mais velocidade de arranque de material, comprometendo o acabamento superficial.

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Por sua vez, um abrasivo com costado de papel pode ser adequado para algunas situações. A pesar de não possuir a mesma resistencia do tecido ou pano, sua estabilidade tanto térmica como dimensional é muito elevada (não se deforma) e para tarefas de lixamento em superfícies planas, onde não se exige flexibilidade e não há peças com protuberancias que possam rasgar o papel, o uso deste costado pode ser muito adequado e mais rentável.

Vantagens da utilização de cintas de lixa

As cintas de lixa apresentam as seguintes vantagens:

  • Melhoram significativamente o rendimento e os custos da operação.
  • Podem ser utilizadas em diferentes tipos de máquinas manuais, automáticas ou semi-automáticas, já que se adaptam facilmente.
  • O custo pode ser reduzido através da variação do produto em tamanho e grãos, conseguido resultados muito versáteis sem grandes investimentos em ferramentas.

Cuidados e armazenagem das cintas de lixa

Para prolongar a conservação das cintas recomenda-se:

  • Armazená-las em uma posição aberta, sem tensões até seu uso: é recomendada a utilização de “cabides” para estes casos.
  • Uma vez instaladas nas máquinas, desativar o sistema tensor enquanto não está em funcionamento.
  • Manter em condições de temperatura estáveis, preferencialmente entre 15 e 25 graus Celsius, num ambiente livre de umidade.
  • Evitar que as cintas sofram atrito durante a manipulação.
  • Verificar a integridade da emenda para que não sofra nenhuma ruptura antes do uso.
  • Respeitar o sentido de giro indicado no costado.

Os abrasivos flexíveis são uma das ferramentas mais versáteis na industria. Seu baixo custo e imensa gama de opções disponíveis em todas as suas variantes de costado, distribuição e tamanho de grãos, tornam as cintas de lixa uma solução adequada para a maioria das aplicações de tratamento superficial, desde ações de grande remoção de material até um acabamento de alto brilho.