Se você acompanhou nosso blog, até agora revisamos a evolução dos materiais abrasivos, desde os componentes naturais básicos que eram usados na pré-história, até compostos sintéticos como o ZQ, com o qual introduzimos o conceito de AUTOAFIAR.
Chegou a hora de conhecer a grande cerâmica que atualmente ocupa o primeiro lugar na pirâmide de materiais abrasivos do setor, principalmente no que se refere à capacidade de retificação (superabrasivos como diamante e CBN à parte).
Características do grão cerâmico
Desenvolvido já na década de 80, já no século XXI a produção em massa mais barata permitiu que fosse comercializado em nível industrial na forma de abrasivo flexível.
Este revolucionário abrasivo é obtido sinteticamente pela sinterização de um gel à base de um pó fino de AL2O3.
Essa técnica confere ao grão abrasivo uma alta dureza (típica do AlOx), além de aumentar significativamente sua tenacidade.
Essas características o tornam um material abrasivo excepcional e sua rápida penetração na indústria é um bom exemplo disso.
Micrografia do grão cerâmico em estado bruto
A estrutura cristalina do grão cerâmico confere a ele a capacidade de se autoafiar, ou seja, de se quebrar gradativamente em pequenos fragmentos ao longo de sua vida útil.
Mantém assim um alto poder de corte e um comportamento estável, gerando novas arestas vivas.
Processo de Autoafiação
Devido às forças do lixamento, os microcristais (formados na sinterização) quebram durante o processo de lixamento, mantendo sempre as arestas novas e vivas.
A VSM desenvolve e produz seu próprio grão cerâmico em múltiplas versões que você encontra no link a seguir.
NOTA: Por meio da tecnologia de fabricação de grãos cerâmicos (GEL) além da obtenção de cristais em sua forma aleatória, é possível utilizar o que nos posts subsequentes conheceremos como “Técnica de Microreplicação” que atualmente representa uma nova revolução nos abrasivos indústria.