Enfrentar a difícil tarefa de desbaste de metal é sempre um desafio para o operador que deve executá-la. Há alguns anos, apenas uma opção se apresentava como viável, pois era a única que permitia a extração de uma quantidade razoável de material por unidade de tempo: os discos de desbaste rígidos.
A rápida evolução tecnológica dos discos de lixa os tornou a escolha mais adequada para a maioria das aplicações de desbaste de metal. Sua agressividade aumentou significativamente, enquanto sua ergonomia aprimorada e perigo reduzido estão tornando-os a escolha preferida de empregadores, gerentes de oficinas e operadores.
Critérios a seguir para desbaste com discos de lixa
- Material que devemos lixar: é muito importante conhecer a dureza e tenacidade, que marcam a usinabilidade do metal a ser lixado. A seleção do disco mudará se o metal for alumínio ou outro material não ferroso, aço de baixa liga, aço de liga ou mesmo titânio.
- Tarefa de desbaste: o que é mais determinante é a superfície de contato a ser lixada. Não será o mesmo lixar uma grande superfície (por exemplo, conserto de arranhões em uma área plana) do que uma pequena área que entrará em contato com nosso disco de lixa (por exemplo, chanfrar uma borda ou remover rebarbas).
- Máquina disponível: neste caso, fatores como o diâmetro, a potência da máquina ou a possibilidade de regular a sua velocidade serão determinantes.
Escolha de disco
- Tipo de grão abrasivo: os tipos de minerais mais usados nas operações de retificação de metais seriam zircônio ou óxido de alumínio endurecido por um processo cerâmico (comercialmente chamado de cerâmica). Há alguns anos, o zircônio era amplamente utilizado em metais não ferrosos (alumínio, zamak, cobre, latão) ou aços de baixa liga, enquanto os grãos de cerâmica eram usados em aços-liga duros e tenazes (como o aço inoxidável). Com o passar dos anos, o diferencial de preço entre alguns grãos e outros foi reduzido de tal forma que a cerâmica se tornou a opção mais lucrativa em todos os tipos de desbaste de metal. Ultimamente, grãos de cerâmica de formato geométrico foram introduzidos, o que permite a substituição em alguns casos de discos de desbaste rígidos.
- Tamanho do grão: é comum procurar o grão mais grosso disponível, desde que o acabamento não seja um problema. É importante mencionar que qualquer disco de lixa oferece melhor acabamento do que o disco de desbaste rígido equivalente. A variedade de grãos mais comum são os de tamanho 20, 24, 36 ou mesmo 40.
- Aditivos: neste caso podemos encontrar diferentes situações que irão condicionar a escolha do disco:
- O material é macio e as partículas fundidas se acomodam no grão abrasivo, encurtando sua vida útil: discos com revestimento de estearato ajudam a retardar esse fenômeno e prolongar a vida útil do disco.
- O material tem baixa condutividade térmica e podem surgir descolorações por excesso de temperatura: devemos procurar produtos com uma camada de aditivo refrigerante que ajude a reduzir a temperatura no ponto de lixamento.
Outras condições
- Parâmetros de lixamento: se a máquina permitir, podemos ajustar a velocidade de corte. Quanto maior a velocidade de corte, maior será a extração de material que atingiremos. A única limitação seria a temperatura admissível do material para evitar a descoloração. Quanto maior a velocidade de corte, mais alta é a temperatura.
- Elementos de contato: os discos de lixa devem ser sempre montados sobre um suporte. As opções são inúmeras e a importância de selecioná-lo corretamente é sempre esquecida. Um suporte rígido e raiado será adequado para tarefas como chanfragem ou rebarbação, enquanto uma base mais macia e lisa executará tarefas em que a necessidade de remoção de material é menor, mas o acabamento pode se tornar importante.